domingo, 21 de abril de 2013

CONCLUSÃO


         Este trabalho nos proporcionou reviver momentos de conhecimento em sala de aula. Os temas abordados nos fizeram aprender mais a História da Enfermagem no Brasil e no Mundo, A Legislação Trabalhista e Saúde do Trabalhador; assuntos de extrema importância para o profissional de Enfermagem, uma vez que para melhorar nossas condições trabalhistas é necessário conhecer nossos direitos e deveres relacionando-os com panorama histórico da profissão. E foi pensando em transmitir conhecimento que ao fazer este trabalho decidi criar um Blog, pois é uma maneira rápida e fácil de passar informações no século XXI.

SAÚDE MENTAL DO TRABALHADOR (10/04/2013)


       Nesta aula nos foi proposto uma técnica de dinâmica de grupo bem interessante sobre a saúde mental do trabalhador, a classe foi dividida em três grupos de nove integrantes e cada qual recebeu um determinado tema. Os temas abordados foram: Síndrome de Burnout, Estados Depressivos, Estresse Ocupacional, Transtorno de Ansiedade.
 TÉCNICA DE DRAMATIZAÇÃO
Consiste na representação teatralizada de situações reais, com o propósito de dar e receber informações e alcançar uma melhor compreensão das situações.
Os alunos representam uma cena real ou hipotética, em que cada um desempenha um papel, mas de forma espontânea. Esta técnica ajuda a compreender melhor a situação ou posição de uma outra pessoa.
A dramatização como técnica de ensino tem como proposta envolver os alunos numa dinâmica diferenciada das aulas puramente expositivas. Com esta técnica, é possível trabalhar e integrar diversas áreas, mesclando a arte com a ciência.
Entre os pontos positivos da dramatização como metodologia de ensino destacam-se o estímulo a boa fluência e expressão oral; estímulo à capacidade de dramatização; capacidade de síntese; trabalho em grupo;
criação coletiva de ideias; criatividade; entrosamento; envolvimento com a linguagem corporal e teatral; entre outros pontos.

Dramatização sobre Transtornos de Ansiedade.
1- Uma enfermeira trabalha num hospital há alguns anos. Certo dia, realizando um procedimento comum num paciente que está internado a mais de 3 meses, ele começa a ter um ataque, com o auxílio de uma médica, ela começou a tentar de todas as formas reanimá-lo, mas suas tentativas falharam e o paciente chegou a óbito. Após essa situação ela não dorme e tem insônias frequentes e medo de voltar para o hospital ou de realizar procedimentos mais simples como de aferir a pressão. Com isso, ela se afastou do âmbito do trabalho e também de amigos e familiares. (TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO).
2- Um enfermeiro tinha 3 pacientes para atender, mas cada vez que ele aferia a pressão de um sentia a necessidade de passar álcool gel 4 vezes em cada uma das mãos, o interessante é que deveria ser essa quantidade e todas as vezes que ele realizava algum procedimento. (TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO)
3- Num hospital, chega a hora do almoço, 3 enfermeiras sentam para almoçar, porém 1 delas se afasta e não senta com as outras duas, vira-se para a parede come escondido. Todos os dias ela repete esta ação e quase nunca fala com as outras pessoas. (FOBIA SOCIAL)
Os principais transtornos de ansiedade são: Síndrome do Pânico, Fobia Específica, Fobia Social, Estresse Pós-Traumático, Transtorno Obsessivo-Compulsivo e Distúrbio de Ansiedade Generalizada.

Tratamento:
Inicialmente indicam-se seções de psicanálise para descobrir de qual transtorno o paciente está sofrendo e o grau da doença. O uso de exercícios também é recomendado no inicio. Só depois usa-se algum tipo de medicamento e acompanhamento.

( /04/2013)


Esta aula foi uma dinâmica de grupo abordando resumos de artigos para debates em grande grupo. O qual o nosso grupo ficou com este tema de artigo que foi publicado na REVRENE Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste 
Artigo: Fatores de risco para pacientes hospitalizados com cardiopatia isquêmica
A proposta do estudo foi identificar a presença do diagnóstico de enfermagem Risco de quedas em portadores de cardiopatia isquêmica hospitalizados em Fortaleza, Ceará. Estudo descritivo e quantitativo. Dados coletados de julho/2010 a fevereiro/2011, mediante entrevista, exame físico e consulta ao prontuário. Utilizou-se instrumento para investigar perfil sociodemográfico e clínico do paciente e check-list composto pelos fatores de risco do Diagnóstico de enfermagem. Dos 86 investigados, 56,5% eram do sexo masculino, com média de 63,95 (±12,6) anos de idade. Todos os participantes possuíam mais de dois fatores de risco para quedas, sendo que 46,5% apresentavam de seis a nove fatores simultâneos. Dentre os fatores de risco investigados destacaram-se: uso de medicamentos anti-hipertensivos (98,8%), dificuldade visual (66,3%) e falta de sono (54,3%). Nesse contexto cabe aos enfermeiros planejarem cuidados visando à prevenção de quedas, especialmente para portadores de cardiopatia isquêmica, em ambiente hospitalar.
Diante do exposto neste artigo as estatísticas nos mostram que de 30% a 60 % da população com mais de 65 anos de idade sofre mais de uma queda por ano, tendo como consequência algum tipo de lesão de maior ou menor gravidade. Além de ser um problema de saúde pública traz prejuízos a qualidade de vida pois ficam dependentes  de cuidados especiais, comprometendo suas funções físicas, econômicas e sociais, aonde os familiares sofrem também com isso. Cabe aos enfermeiros promover ações preventivas sobre riscos de quedas em ambiente hospitalar.

BIOSSEGURANÇA HOSPITALAR (01/04/2013)


É um conjunto de ações voltadas para a preservação, minimização ou eliminação de riscos inerentes as atividades de pesquisa, produção e ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviço. (TEIXEIRA & VALE,2003).
Está vinculada a lei nº 8.974/1995, que estabelece: Normas para o Uso das Técnicas de Engenharia Genética. Existem vários riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou da qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Sendo eles biológicos, químicos, fisícos, ergonômicos e psicossociais a que estão expostos os trabalhadores. É preciso ter conhecimento para manusear os produtos e usar as técnicas de biossegurança no ambiente hospitalar. O hospital é considerado um estabelecimento que presta serviços específicos a população, em geral, e apresenta uma variedade de ações de saúde que expõe os trabalhadores a doenças infectocontagiosas e aquelas em contato direto com os pacientes e /ou com artigos e equipamentos contaminados com material orgânico. É preciso que haja prevenção na assistência a todos os pacientes independentes do diagnóstico, na manipulação de sangue, secreções, excreções e contatos com mucosas e pele não integra. Essas medidas incluem a utilização de EPI(s) que vão reduzir a exposição do profissional ao acidente. Higienização das mãos ,imunização para Hepatite B de todos os profissionais que trabalham em assistência á saúde. Parece simples mais a correta higienização das mãos podem prevenir a transmissão cruzada de microrganismo responsável pelas infecções hospitalares, mantendo a integridade da barreira cutânea.
 Podemos citar a Microbiota Residente ou Trânsitoria que é composta por microorganismos Gram(+) que aderem aos receptores cutâneos, permanecendo na pele por longo período de tempo. O ato de lavar as mãos com agua e sabão remove a sujidade e reduz a microbiota que é uma das responsáveis pela ocorrência das infecções hospitalares.
Existem algumas técnicas para esterilização como:
  • Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microrganismos num ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção.
  • Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microrganismos ou removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos ou desinfetantes.
  • Degermação: Vem do inglês degermation, ou desinquimação, e significa a diminuição do número de microrganismos patogênicos ou não, após a escovação da pele com água e sabão.
  • Fumigação: é a dispersão sob forma de partículas, de agentes desinfectantes como gases, líquidos ou sólidos.

  • Desinfecção: é o processo pelo qual se destroem particularmente os germes patogênicos e/ou se inativa sua toxina ou se inibe o seu desenvolvimento. Os esporos não são necessariamente destruídos.

  • Esterilização: é processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos, Toda esterilização deve ser precedida de lavagem e enxaguadura do artigo para remoção de detritos.

  • Esterilizantes: são meios físicos (calor, filtração, radiações, etc.) capazes de matar os esporos e a forma vegetativa, isto é, destruir todas as formas microscópicas de vida.

  • Esterilização: o conceito de esterilização é absoluto. O material é esterilizado ou é contaminado, não existe meio termo.

  • Germicidas: são meios químicos utilizados para destruir todas as formas microscópicas de vida e são designados pelos sufixos "cida" ou "lise", como por exemplo, bactericida, fungicida, virucida, bacteriólise, etc.


Equipamento de Proteção Individual (EPI)
Equipamento de Proteção Individual, utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
A norma regulamentadora NR6 estabelece os critérios para a utilização de Equipamentos de Proteção Individual adequados ao risco e fornecidos gratuitamente pelo empregador ao empregado.
Podemos citar para os profissionais de saúde alguns EPI(s)
Luvas não estéreis, capote ou avental impermeável de manga longa não estéril, máscara cirúrgica, gorro para a proteção dos cabelos, protetor ocular, sapatos fechados .
A escolha do EPI dependerá do procedimento a ser realizado. E tem por objetivo eviter a transmissão de patologias transmitidas por micro partículas que ficam em suspensão no ar por longos períodos podendo ser dispersas por longas distâncias. Podem ser geradas durante a tosse, fala, espirro ou durante a realização de procedimentos como: as aspirações, broncoscopias, intervenções cirúrgicas e odontológicas etc...
O uso de máscaras cirúrgicas descartáveis pelo profissional de saúde é de suma importância como medida de precaução. O profissional deve estar de máscara e a uma distância mínima de um metro do leito do paciente infectado. Algumas patologias que podemos citar são: Tuberculose, Sarampo e Varicela, Meningite, Difteria, Streptococcus, Coqueluche, Paroditide(Caxumba), Rubéola, Adenovírus, Influenzae. etc....
Também temos Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)
Que são os equipamentos utilizados para minimizar a exposição dos trabalhadores aos riscos e em casos de acidentes, reduzirem suas consequências. Ex: Câmaras ou Capelas de Fluxo Laminar, que protegem os profissionais e o meio ambiente do riso de contaminação.
Precisamos estar cientes quanto ao uso das medidas de Biossegurança pois são de importância vital para melhoria da qualidade da assistência em saúde, criando um ambiente seguro, tanto para o profissional quanto para o usuário dos serviços de saúde.
Em se tratando de Biossegurança se faz necessário uma abordagem interdisciplinar e a participação de uma equipe multidisciplinar no manejo a questões ligadas a aspectos biopsicossocias envolvidos nos acidentes, doenças ocupacionais, licenças e outras questões associadas ao processo, organização e condições de trabalho. Esta parceria entre a equipe de enfermagem com a multiprofissional facilita a compreensão, participação, e desenvolvimento do processo de Biossegurança nos hospitais, principalmente , em doenças infectocontagiosas.

(27/03/2013)


O trabalho foi um instrumento para subjugar animais e forçar os escravos a trabalharem para aumentar a produção. Por volta do século XII essa palavra entrou no latim, e tinha o significado de tormento, agonia, sofrimento.
O homem, como ser social, vê no trabalho dignidade, meio de vida, realização profissional, respeito, tudo que realiza na vida, crescimento como ser humano e vê uma maneira de lucrar com sua força de trabalho seu salário.
A Constituição Brasileira trata a saúde como medida política do Estado, competindo ao SUS executar as ações de saúde do trabalhador, através da Lei 8080/90 Artigo 6º.
Existem algumas políticas setoriais que enfocam a produção e distribuição de bens (oriundos da transformação da natureza) , e prestação de serviços, como agricultura e movimento agrário, comércio e indústria , desenvolvimento, ciência e tecnologia, relações de trabalho e também atendem aos agravos gerados à saúde do trabalhador. São estes: Saúde, Previdência Social, Meio ambiente e Justiça.
         A história do trabalho é tão antiga quanto à do homem, em muitos momentos elas e confundem, mas por incrível que pareça nem sempre trabalho foi sinônimo de tortura como a etimologia da palavra demonstra. Segundo o dicionário Hoauiss, o termo deriva do latim, tripalium, instrumento de tortura, derivando do adjetivo tripális, que significa sustentado por três estacas. O termo tripaliare, influenciou vários idiomas, entre eles o português trabalhar, o francês travailler, o espanhol trabajar e o italiano traballare. Mas quando exatamente o trabalho deixou de ser algo simples e encantador para se tornar sinônimo de sacrifício? E para onde está indo essa atividade que ocupa mais de um terço de nossas vidas? Para entender um pouco o começo dessa história citamos um prestigiado consultor de empresas, o Professor Ricardo Mallet que em seu artigo Realize-se e Realize Mais demonstra: É mesmo difícil de imaginar, mas já houve um tempo em que não precisávamos trabalhar para viver. Naquela época, nossa comida era banana e nossa casa um galho. E vivíamos felizes! Tudo o que necessitávamos estava ali, ao alcance das nossas mãos. Vida simples, pouco stress. Passávamos o tempo comendo, brincando, namorando e descansando. Um verdadeiro paraíso.
Daí a Mãe Natureza nos "deu um gelo" e tivemos que abandonar o nosso jardim do Éden à procura de alimento e abrigo. Jogados ao mundo, inexperientes e indefesos, enfrentamos não apenas a fome, mas também alguns predadores famintos. A situação apertou muito para o nosso lado até percebermos que tínhamos um diferencial competitivo: mãos! Graças a elas, conseguimos criar alguns artifícios capazes de garantir a nossa sobrevivência. Foi o início da Era "gente que faz", pois para ter alimento e proteção, precisávamos fazer alguma coisa. A fórmula era, simplesmente, fazer = ter. E nós realmente fizemos. Plantamos, industrializamos, informatizamos e globalizamos. De uma espécie em risco de extinção com menos de dois milhões de seres, crescemos para mais de seis bilhões sobre a face da Terra.
É mesmo difícil de imaginar, mas já houve um tempo em que não precisávamos trabalhar para viver. Naquela época, nossa comida era banana e nossa casa um galho. E vivíamos felizes! Tudo o que necessitávamos estava ali, ao alcance das nossas mãos. Vida simples, pouco stress. Passávamos o tempo comendo, brincando, namorando e descansando. Um verdadeiro paraíso.
Daí a Mãe Natureza nos "deu um gelo”, que foi a era glacial há cerca de 150 mil anos e que secou nosso habitat natural, que eram a árvores, caímos num mundo novo e totalmente desconhecido, o chão. Nas árvores sabíamos nos virar e sobreviver, na terra não conseguíamos ser mais velozes que um rato ou uma galinha, não tínhamos olfato apurado e nem uma boa visão noturna para fugir dos predadores. O trabalho desse período era manter-se vivo. Preservar a espécie era o melhor que poderíamos fazer, o homem trabalhava apenas para ele mesmo. Precisamos de alguns milhares de anos de alimentação de insetos para nos darmos conta de que com as mãos, poderíamos agarrar um pedaço de pau e caçar bichos maiores e mais saborosos. Nesse momento o homem deixa de lado a coleta para passar à caça. Caçar exige muito mais esforço, planejamento e dedicação. O homem caçador tornou-se, desde aquela época, escravo de seu trabalho. Somente quando trabalhava bem conseguia alimentar-se e dar de comer à sua prole. O trabalho passou a ser uma obrigação que deveria ser feita todos os dias, afinal não sabíamos se a caça daria certo naquele dia ou não. Ao contrário dessa era, no tempo em que vivíamos nas árvores o labor era algo que se fazia apenas quando necessário.
Há mais de 12 mil anos, surgiu a agricultura, baseada em duas observações:
1. Nota-se que ao colocar alguns grãos na terra, esses seriam semeados, cresceriam e dariam origem a muitos outros na planta que nascia. Isso permitiu que nossa maior riqueza na época, o alimento, se multiplicasse.
2. Constata-se que em alguns períodos era mais difícil caçar. Concluímos por tanto, que se colhêssemos sementes conseguiríamos armazenar o alimento por muito mais tempo o que nos manteria vivos em épocas de “vacas magras”.
A agricultura possibilitou ao homem se estabelecer em uma região, não precisando mais correr atrás da presa e se deslocar por territórios desabitados. Com mais tempo de permanência em um mesmo lugar, o homem conseguiu gerar mais riquezas e melhorou consequentemente seu padrão de vida. No entanto, acabaram por desnaturalizar o ambiente, desmataram a vegetação nativa para implantar a monocultura de poucas plantas. Sempre em busca de maior quantidade com menor variedade. Posteriormente, para garantir qualidade, iniciaram a utilização de pesticidas e outros elementos químicos, causando um grande impacto no solo, na água, na fauna e na flora das regiões exploradas.


Até esse momento da história o trabalho tinha um único propósito: sobrevivência.  Caso ele nos proporcionasse subsistência estava cumprido seu papel. Surge timidamente o comércio que se inicia pelo processo de troca direta. Na verdade o ser humano sempre usou o câmbio de produtos quando tinha uma necessidade imediata. Com o passar do tempo, o comércio se organizou e se consolidou. Concentrava-se principalmente em cidades que eram pontos de passagem de peregrinações religiosas. Ele foi a primeira manifestação institucionalizada de vontades mais elaboradas. Há cerca de 3000 anos, o homem começou a não se contentar apenas em alimentar-se ele desejava sabores diferentes e sensações inéditas. Surgem nessa época os artesões que inseriram na sociedade a troca do trabalho pela autoestima ou pela utilidade de seus produtos. Os seus afazeres eram realizados em oficinas construídas nas casas dos próprios artesãos, utilizando poucas ferramentas, energia humana, animal e hidráulica, para criar um produto único e não padronizado. Um artesão conseguia realizar todo o trabalho sozinho, às vezes se aliava a um grupo para dividir as etapas do processo da produção. Esse processo se chamava manufatura, pois não havia o uso de máquinas. Com cada vez mais produção, as trocas começaram a ficar mais elaboradas, gerando a necessidade de criar uma moeda. Esse é outro momento muito marcante na história do labor. Até então, nenhum trabalho tinha um valor determinado, era algo subjetivo, todas as realizações valiam o preço da subsistência ou da necessidade de outros. A partir da moeda, o trabalho começou a ter diferentes valores. Iniciou-se também a especialização, por mais rude que ainda pudesse ser.

A industrialização começou a aparecer no chamado ¨século das luzes”, o XVIII, e essa revolução surge de uma mistura de cientificismo, racionalismo, ironia e auto-ironia. Vivíamos um momento de progressos em quase todos os campos científicos - na física, na filosofia, na biologia - e nas artes principalmente na música, período em que estiveram vivos ao mesmo tempo Mozart, Beethoven, Haydn e Bach acabara de falecer. O desejo de todos era ganhar mais autonomia através do trabalho que gerasse riquezas. Podemos afirmar que essa Era, que se inicia timidamente na segunda metade do século XVIII, chega ao ápice por volta de 1850 e começa a desaparecer um século depois (1950), pode realmente ser chamada de um período revolucionário. Segundo o Professor Domenico De Masi, estudioso do trabalho, o que define a mudança de um paradigma histórico é a junção de três inovações diferentes. São elas:
1. Novas fontes de energia - Em 1880, Thomas Edison descobre a luz elétrica. A locomotiva foi inventada um pouco antes em 1804, potencializando a distribuição de tudo o que era produzido.
2. Novas divisões de trabalho - A produção foi toda estudada e deliberada para que houvesse otimização de resultados. Trabalhos diferentes surgiram e os antigos foram remodelados em sua maioria.
3. Novas divisões de poder - O setor produtivo, isto é os burgueses, ganharam espaço por todo o mundo, gerando cada vez mais riqueza para não perder seus postos.
A Era Industrial atinge seu cume por volta de 1850, época em que a Inglaterra começa a produzir e exportar em grande quantidade diversos tipos de tecidos. Somente nessa década é que as pessoas começaram a se dar conta que toda a sociedade havia mudado, não existiam apenas indústrias nascia a Era Industrial. Para melhorar a fabricação utilizou-se o cientificismo, que se consolidava em contra posição a força da Igreja que imperava absoluta até aquele período.
 Os cientistas pretendiam, na época, explicar todos os fenômenos da natureza. Aplicavam-se à produção esses conhecimentos através de máquinas a vapor, engenharia e pessoas controlando o trabalho de outras. O principal expoente desse movimento de modernização da produção foi o americano Frederick W. Taylor (1856-1915), considerado o pai da "Administração Científica". O que ele desejava era reduzir ao máximo o desperdício, ampliando os lucros e possibilitando à empresa com mais resultados o pagamento de maiores salários. Taylor foi muito mal interpretado pelos seus contemporâneos, seu intuito não era que as pessoas ficassem muitas horas dentro das fábricas como a história sempre quis demonstrar, mas fazer com que o aumento da eficácia reduzisse o tempo de trabalho. Isto possibilitaria às pessoas ter mais tempo para o ócio. Ele planejou todos os processos da produção para maximizá-la, o que foi chamado posteriormente de taylorismo
Apesar da boa vontade deste cientista, o que acabou acontecendo foi o que descreveu Villarmé em 1840, em seu tratado sobre o estado físico e psíquico dos operários das fábricas de algodão. Segundo o autor, naqueles tempos os escravos das Antilhas trabalhavam 9 horas por dia, os condenados ao trabalho forçado nas instituições penais, 10, e os operários de algumas indústrias de manufaturas trabalhavam 16 horas por dia. Operários daquela mesma França que com sua Revolução tinham proclamado os direitos do homem. Outra figura importante e precursora no movimento de industrialização foi o empresário europeu Thonet que assim foi descrito por Domenico De Masi em seu livro O ócio criativo  “estamos na metade do século XIX e o industrial descobre que na capital austríaca, além do príncipe encontra-se um imenso mercado em potencial. Trata-se de gente que ainda não tem dinheiro em demasia, que não possui ainda uma cultura própria, e por isso imita os aristocratas. Ele cria um estilo sob medida para a burguesia emergente. São móveis, pouco caros, práticos, facilmente montáveis e vendáveis a partir de um catálogo. Thonet, em síntese, inventa um marketing e um modo de produção em série. Ele tinha uma relação com mais de 14 mil móveis para serem escolhidos pela clientela”`.

A sociedade industrial é exatamente isto. Um processo de enriquecimento que surge a partir da premissa, que ainda é atual, e que reza: “Há quantos posso servir?”.
Próximo momento dentro dessa Era que foi muito marcante é o que os estudiosos chamam de fordismo. Idealizado pelo empresário estadunidense Henry Ford (1863-1947), fundador da Ford Motor Company, o fordismo se caracteriza por ser um método de produção em série, um aperfeiçoamento do taylorismo. Baseado na premissa da riqueza este visionário fez com que, através da sua famosa linha de montagem criada em 1920, o carro que era um artigo de luxo para poucos se tornasse acessível a muitos. Ele produziu só na década de 20 mais de 2 milhões de veículos o que possibilitou a redução dos custos dos mesmos. O modelo de Ford chegou ao ápice nas décadas de 50 e 60, os chamados anos dourados do capitalismo. Sua decadência mostra o declínio de todo o movimento da Era Industrial.
A passagem de uma Era importante para outra não acontece do dia para a noite. A transição se dá a partir da sucessão de uma série de fatos que vão modificando a sociedade. Para mostrar essa mudança vamos analisar o crescimento e a queda dos operários, a classe trabalhista que mais caracterizou a Era Industrial. Entender esse processo de ascensão e queda dos operários é compreender a transição dessas duas eras, a Industrial para a da Informação. A história nos mostrou que as verdadeiras e perenes transformações não acontecem a partir de imposições violentas e repentinas. Hitler, Stalin e Mao, três gênios do mal deixaram isso muito claro. Mataram milhões de pessoas e nada criaram, só destruíram com suas tentativas de revolução.
Foi a mudança do trabalho ao longo desses últimos anos que produziu as maiores modificações na nossa sociedade. Voltemos um pouco no tempo para entender o movimento social mais transformador do século XX. Antes da I Guerra mundial os agricultores eram o maior grupo isolado em todos os países, seguidos pelos empregados de serviços domésticos. Só para se ter uma idéia da quantidade do segundo colocado, nos sensos praticados no ocidente no início do século XX, uma pessoa que tivesse apenas três desses serviçais em casa era classificada como classe média baixa. Como esses dois grupos não possuíam capacidade de se organizar, eles fizeram pouco alarde histórico e passaram quase despercebidos ao longo dos anos. Os agricultores dessa época organizaram apenas duas revoltas realmente expressivas, a rebelião de Taiping em meados do século XIX e a Guerra dos Boxers, no seu final e as duas aconteceram na China. No resto do mundo pouco se fez. Já os empregados domésticos nunca apareceram em uma passeata pública de sua classe. Por esse motivo esses dois grupos foram desprezados por Karl Marx em seu estudo O Capital. Contrariando o que este autor previu décadas antes, em 1900, eles não haviam se tornado maioria. Portanto, não conseguiriam subjugar os capitalistas somente pelo número. A força desse grupo cresceu na medida em que aumentava a sua organização. Eles foram a primeira classe na história que podia se organizar, e mais importante que isso, permanecer unida por bastante tempo.
Os operários de 1913 não possuíam quase nenhum benefício, e 50 anos depois eram o maior grupo isolado de todos os países desenvolvidos com vantagens trabalhistas, que iam desde a segurança no emprego até assistência de saúde e educação. Os seus sindicatos se tornaram forças políticas no mundo todo. Esse crescimento ocorreu a partir da migração dos camponeses e funcionários domésticos para a indústria. De forma alguma isso foi imposto. Eles viam na dedicação à essa nova ocupação mais vantagens do que em seus antigos ofícios. O que comprova isso é que a mortalidade infantil caiu drasticamente com o êxodo rural e com a consequente preocupação em manter as pestes longe das cidades. Outro ponto que favoreceu o crescimento dos operários foi o fato de que realmente eles viviam na miséria e eram explorados, mas viviam melhor do que nas fazendas e casas de famílias onde eram ainda mais mal tratados.
Os proletários também tinham um tempo definitivo para trabalhar e o que restava era seu para fazer o que bem entendesse. Isso não acontecia com os que trabalhavam no campo ou em casas familiares, em que a toda hora poderiam ser solicitados. Para os agricultores e empregados domésticos o trabalho na indústria era uma oportunidade - de fato a primeira que lhes havia dado - para melhorar de vida sem precisar emigrar. Cada geração via a anterior um pouco melhor. E isso estimulava ainda mais essa migração. Durante o século XIX a produtividade dessa classe aumentou cerca de 4% ao ano, o que gerou praticamente todos os ganhos dessa época. Boa parte desse resultado ficou nas mãos dos próprios trabalhadores, que multiplicaram seu salário cerca de vinte e cinco vezes e reduziram quase que pela metade as suas horas de trabalho. Portanto, havia razões de sobra para que a ascensão do trabalhador industrial fosse pacífica e não violenta como previra Marx.

A queda dessa expressiva classe vem acontecendo rapidamente desde o final da II Guerra mundial. O trabalhador industrial tradicional tem sido substituído por um tipo de trabalhador. Este funcionário é uma pessoa que alia o trabalho manual com o teórico. São exemplos dessa classe: técnicos de raios-X, fisioterapeutas, anestesistas, técnicos de computador, etc. Esse é o grupo de trabalho que mais rapidamente cresce no mundo. No presente momento 75% da riqueza mundial é gerada por trabalhadores dessa natureza e em 1975 eles geravam apenas 25%.
Peter Drucker, renomado consultor de empresas e autor de dezenas de livros sobre o assunto, foi a primeira pessoa a chamar o momento que estamos vivendo de Era da Informação. Este livro demonstra que podemos determinar o início da Era da informação a partir da atitude dos soldados americanos que, após voltar da II Guerra Mundial , tinham como uma das principais exigências a suas colocações imediatas em alguma universidade. Hoje isso pode parecer óbvio, mas na época foi muito marcante visto que aqueles que voltaram da I Guerra aspiravam apenas por um emprego seguro. Neste momento, por volta de 1946, o conhecimento já estava sendo mais valorizado do que o trabalho simplesmente operacional.

O sociólogo Daniel Bell determina que a Era da Informação tem seu marco primordial uma década depois, em 1956, quando o número de “colarinhos brancos” ultrapassou o de operários no seu país. Ao perceber isso ele advertiu: “Que poder operário que nada! A sociedade caminha em direção à predominância do setor de serviços”. Ou seja, o poder se direcionava àqueles que possuíam algum tipo de conhecimento que interessava a outros. Estamos em um momento de muitas transformações, não há como negar que estamos em outra Era. O trabalho atual se parece muito pouco com a forma mecânica adotada na Era Industrial.

Vivemos em um mundo extremamente dinâmico onde cada vez mais o conhecimento será valorizado. Podemos prever que o acúmulo de informação, muito em breve, terá o mesmo valor que tinha o acúmulo de patrimônio há pouco tempo atrás. 

SAÚDE DO TRABALHADOR (20/03/2013)


      Saúde do trabalhador é um conjunto de atividades destinadas a promoção, proteção, recuperação e à reabilitação da saúde dos trabalhadores.
O profissional tem o direito de se informar dos riscos que corre no seu ambiente de trabalho, e precisa saber as exigências de higiene e de segurança para realizar suas atividades. A legislação da saúde e segurança do trabalho tem avançado bastante, mas cabe ao profissional lutar pelas melhorias e cumprimentos na legislação; e para isso é essencial uma postura crítica e participativa junto aos órgãos representativos da categoria.
O profissional da área de saúde precisa saber os riscos biológicos, a exposição a agentes biológicos que comprometem a saúde, representado por infecções causadas por bactérias, vírus, fungos, clamídias, e também pelas parasitoses produzidas por protozoários , helmintos e artrópodes. Por estarem sempre em contato intimo e frequente com pacientes infectados, se tornam mais vulneráveis.

Infecções apontadas como Riscos Biológicos para o trabalhador de saúde:
1-principais
Tuberculose pulmonar, Citomegalovírus(CMV),Hepatites virais(BCG), HIV, AIDS, Diftéria, Rubéola, Varicela Zoster, Febre Tifóide, Meningites, Herpes Simples, Parotidite, Conjuntivite epidêmica, Infecções respiratórias por vírus. A hepatite B é a mais frequente entre as pessoas que trabalham no meio hospitalar.
Existem também as doenças causadas por bactérias envolvidas nas infecções hospitalares que são Estafilococos aureus, Estreptococos, Escherichia coli, Pseudômonas, Salmonelas, Proteus. A tuberculose causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch)consegue se difundir facilmente pelo ar, e com apenas um paciente todo serviço médico pode ser contaminado.
A prevenção consiste na aplicação dos conhecimentos de higiene, biossegurança, educação, administração, engenharia e legislação. É imprescindível lavar as mãos, desinfetar e esterilizar instrumentos e o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Para isso é necessário a adoção do comportamento de segurança de forma contínua, com supervisão qualificada, organização do trabalho, recursos materiais, profissionais preparados para atuar de acordo com as regras de biossegurança. Com isso que foi dito consegue-se ter a prevenção e controle das infecções.
É necessário que os profissionais da área da saúde faça a imunização, pois estes se integram no grupo de risco, uma vez que estão diariamente em contato com agentes biológicos que oferecem risco a saúde. O profissional de Enfermagem deve se prevenir tomando as vacinas contra doenças, tais como: Parotidite, sarampo, difteria, tétano, gripe, tuberculose, hepatite B, rubéola, varicela zoster, coqueluche, febre tifoide, hepatite A, doença meningocócica, doença pneumocócica, doença invasiva por H influenza.
A Norma Regulamentadora 32 diz que todo trabalhador da área de saúde deve receber gratuitamente o programa de imunização contra tétano, difteria, hepatite B e os estabelecidos pelo PCMSO. Também estabelece que se houverem vacinas eficazes contra agentes biológicos em que o trabalhador seja exposto, o empregador deve fornecê-las gratuitamente.
É necessário, como profissional de Enfermagem, tomar as devidas precauções ao utilizar agulhas, tesouras, barbeador, escova de dente, qualquer outro material cortante ou sujo de sangue. Os casos de AIDS envolvendo profissionais de saúde, a maioria, estão relacionados a manipulação inadequada desses objetos. Dentre estes casos 70% envolveram a categoria de Enfermagem e da área de laboratório.
É válido ressaltar que qualquer secreção, sangue, esperma, secreção vaginal, líquidos cérebro-espinhal, podem representar um risco de transmissão de vírus. Agora é obrigatório em caso de acidentes de trabalho envolvendo riscos biológicos, com ou sem afastamento do trabalhor, a ocorrência deve ser emitida a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). A lei 9431 determina que os hospitais tenham um Programa de Infecções Hospitalares e que criem uma Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH).
Na área da saúde os riscos físicos estão relacionados a exposição a radiações ionizantes (raio-x, raio gama, beta, prótons e nêutrons) e não-ionizantes (ultravioleta, raios visíveis, infravermelho, micro-ondas, frequência de rádio, raios laser); variações atmosféricas de calor, frio e pressão atmosférica; vibrações oscilatórias (ruído repetitivo). Na NR 32 apenas as radiações ionizantes são detalhadas: radioterapia, radiodiagnóstico médico e odontológico, braquiterapia e resíduos. Esse risco é de fato mais perigoso, uma vez que não consegue identificá-lo pelos sentidos.
Os efeitos da radiação ionizante podem ser somáticos, afetar apenas células somáticas do individuo e não afetando células gaméticas (quando afetam células gaméticas esse problema ira afetar futuras gerações); ou genéticas, quando há alterações nos gametas do individuo irradiado e passam para as gerações seguintes. Estima-se ainda que é desconhecida a maioria das alterações genéticas resultantes da exposição do profissional às radiações.

APRESENTAÇÃO DA DEFESA, ACUSAÇÃO E VEREDICTO DOS CASOS APRESENTADOS (13/03/2013)


Esta aula foi um júri simulado , a qual eu fui uma das juradas. Fizemos o relatório abaixo.
A argumentação deverá ser baseada no Código de Ética e nas resoluções do COFEN que acharem necessárias. Podem ser incluídos também artigos do Código Civil e Penal.
Em cada caso, o trio de advogados seja de defesa ou acusação apresentam apenas um relatório por equipe.
A dinâmica procederá da seguinte forma: Os advogados de acusação iniciam apresentando seus argumentos em até 20 minutos, depois os advogados de defesa terão o mesmo tempo para fazerem sua apresentação, posteriormente a acusação terá mais 5 minutos para contra argumentar, finalizando com o mesmo tempo para a defesa.
Após a apresentação, o Júri terá 10 minutos para apresentar o parecer. A sentença do Júri deverá ser feita mediante as apresentações dos advogados de acusação e de defesa. Entretanto, o grupo já deve ter estudado previamente sobre cada caso e suas infrações ao código de ética.
OBS: Tanto os advogados (defesa e acusação) como o júri deverão entregar o relatório por escrito. Os relatórios devem conter: os princípios fundamentais que não foram respeitados, as modalidades de culpa, os artigos do código de ética que foram infringidos, o tipo de infração e a penalidade adequada.
OBS 2: É importante que se mantenha o sigilo das linhas de raciocínio entre os advogados e também para o júri.
CASO 1 (Novembro/2012): O menino Luiz Miguel da Silva, 4 anos, quase perdeu a perna e ainda corre risco de perder dois dedos do pé depois de ter recebido uma injeção de antibiótico para dor de garganta no mês passado na UPA ( Unidade de Pronto Atendimento) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Segundo a família da criança, o medicamento foi aplicado de forma errada.
A mãe do garoto, conta que havia levado o filho pela segunda vez à UPA porque a criança tinha dor de garganta e os remédios receitados antes não tinham resolvido o problema. Os médicos decidiram, então, dar o antibiótico. "Ele tomou a injeção na
parte direita do bumbum. A partir disso, começou a passar mal, sentia dor na barriga e na perna e, depois de um tempo, quase não conseguia ficar em pé", relata.
"Chegaram a dizer que meu filho estava fazendo manha”, lembra a mãe, que já observava sinais estranhos, como a mudança de cor, na perna do garoto.
A criança ficou em observação na unidade e, depois, foi liberado. “Me disseram que não podiam fazer nada, e que era melhor eu procurar uma emergência. A essa altura a batata da perna do meu filho já estava quase roxa e um pouco gelada", conta a mãe, que decidiu levar o menino para o hospital Adão Pereira Nunes (Saracuruna), em Duque de Caxias.
Ao chegar no hospital, a mãe recebeu a informação que seu filho não tinha nada muito grave (negligência) e que ela deveria aguardar o cirurgião vascular. “Chegaram a dizer
que o caso do meu filho não era emergência, mas quando a cirurgiã vascular chegou, disse que teria que operá-lo assim que o viu, caso contrário ele poderia até perder a perna", afirma. A médica disse à mãe que o sangue não estava circulando em parte da perna da criança.
A mãe enfatiza que o caso de seu filho não foi de reação alérgica, ao contrário do que lhe foi dito, mas uma lesão vascular decorrente da aplicação incorreta do antibiótico na UPA (imperícia). “Aqui no hospital de Saracuruna me disseram que lá na UPA atingiram uma artéria ou veia do meu filho", diz. O medicamento usado em Luiz Miguel só pode ser aplicado dentro do músculo.
O menino ficou 25 dias no Centro de Terapia Intensiva. "Durante a cirurgia que fizeram nele, foi retirada pele necrosada, que estava com mal cheiro, para que o sangue pudesse circular. Um milagre ele ter sobrevivido”, conclui a mãe.
Risco de amputação
A criança terá que passar por duas novas cirurgias. “Ele vai precisar de enxerto na batata da perna, na nádega direita e na coxa porque perdeu tecido muscular na operação", afirma a mãe. O outro procedimento será feito para verificar a mobilidade dos dedos - dois deles estariam necrosados. "Espero que não sejam amputados. Já escutei neste hospital que uma perna e dois dedinhos não são nada, mas como eu vou explicar isso para meu filho, que tem só 4 anos?"
Parecer do júri:
Após a explicitação dos argumentos da defesa e da acusação o júri conclui que o técnico de enfermagem envolvido neste caso infringiu o Princípio da Enfermagem, Não- Maleficência. Já que, cometeu uma lesão corporal gravíssima por imprudência, devido ao fato de não utilizar a técnica correta na aplicação da injeção ocasionando danos permanentes ao paciente, além ter agido de maneira negligente desconsiderando o desconforto do paciente após a realização do procedimento.
Diante do exposto, observou-se que o art. 12 “Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência”, e o art. 26 “Negar Assistência de Enfermagem em qualquer situação que se caracterize como urgência ou emergência” do Código de Ética
de Enfermagem foram desrespeitados. Sendo assim, a punição ética ao profissional técnico em enfermagem será a cassação do seu direito ao exercício profissional.
Mas também, considerando o art. 186 do Código Civil “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”, e o seu art. 927 “Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”, percebe-se que além da responsabilidade ética o técnico de enfermagem também responderá civilmente pelo dano cometido. Bem como, de acordo com o art. 129 do Código Penal “Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem, §2º - Se resulta em deformidade permanente, deve ser atribuída pena de reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos”.
De acordo com o art 38. do Código de Ética de Enfermagem “Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais, independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe”, o enfermeiro responsável pelo técnico de enfermagem que cometeu o erro também deve ser responsabilizado pelo dano, e conforme parecer do júri este enfermeiro deverá ser penalizado com multa e suspensão do exercício profissional por 29 dias. Neste sentido, percebemos a responsabilidade do enfermeiro, que responde por seus atos e pelos atos da equipe que coordena.

DEONTOLOGIA (11/03/2013)


Discutimos nessa aula sobre o significado de ética e moral. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade. Também discutimos sobre bioética, e concluiu-se que é o conjunto de problemas levantados pela responsabilidade moral em pesquisas científicas e na aplicação destas. Esses questionamentos foram necessários para introduzir o tema da aula: Deontologia.
Vimos que Deontologia é tratado do dever ou conjunto de deveres, princípios e normas adaptadas por um determinado grupo social. Tem a ver com o conjunto de deveres vinculados ao exercício de uma profissão que visa assegurar a qualidade do exercício desta profissão.
O atual Código de Deontologia de Enfermagem foi aprovado em 2000, e é organizado por Princípios, Direitos, Responsabilidades, Deveres e Proibições.
Alguns princípios são: beneficência, justiça, veracidade, confidencialidade, fidelidade, autonomia, não-maleficência.

Trabalhos feitos em uma dinâmica na sala de aula.
Compreendemos também sobre os tipos de culpa:
·         Imperícia: Fazer algum procedimento sem ser capacitado.
·         Imprudência: Ser capacitado e fazer um procedimento de maneira errada.
·         Negligência: Ser capacitado pra fazer o procedimento, mas se abstém de fazê-lo.
Trabalhamos através de leitura dinâmica boa parte do livro de bolso de Deontologia que foi distribuído na aula anterior.
Para concluir aprendemos sobre as Infrações e Penalidades a partir da realização de um trabalho dinâmico. Aprendemos também o grau das Infrações e suas consequências.

Para uma melhor fixação do Código de Ética, foi proposto uma atividade para ser apresentada na aula seguinte. A turma foi dividida através de sorteios em grupos , sendo : três pessoas faziam parte da defesa, três faziam parte do acusação, e o restante eram jurados. Tínhamos que nos guiar pelo Código de Ética para aplicar as leis baseados nos artigos e também as devidas penalidades em três casos que tiveram bastante repercussão na mídia citados abaixo:
CASO 1 (Novembro/2012): O menino Luiz Miguel da Silva, 4 anos, quase perdeu a perna e ainda corre risco de perder dois dedos do pé depois de ter recebido uma injeção de antibiótico para dor de garganta no mês passado na UPA ( Unidade de Pronto Atendimento) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Segundo a família da criança, o medicamento foi aplicado de forma errada.
A mãe do garoto, conta que havia levado o filho pela segunda vez à UPA porque a criança tinha dor de garganta e os remédios receitados antes não tinham resolvido o problema. Os médicos decidiram, então, dar o antibiótico. "Ele tomou a injeção na
parte direita do bumbum. A partir disso, começou a passar mal, sentia dor na barriga e na perna e, depois de um tempo, quase não conseguia ficar em pé", relata.
"Chegaram a dizer que meu filho estava fazendo manha”, lembra a mãe, que já observava sinais estranhos, como a mudança de cor, na perna do garoto.
A criança ficou em observação na unidade e, depois, foi liberado. “Me disseram que não podiam fazer nada, e que era melhor eu procurar uma emergência. A essa altura a batata da perna do meu filho já estava quase roxa e um pouco gelada", conta a mãe, que decidiu levar o menino para o hospital Adão Pereira Nunes (Saracuruna), em Duque de Caxias.
Ao chegar no hospital, a mãe recebeu a informação que seu filho não tinha nada muito grave e que ela deveria aguardar o cirurgião vascular. “Chegaram a dizer que o caso do meu filho não era emergência, mas quando a cirurgiã vascular chegou, disse que teria que operá-lo assim que o viu, caso contrário ele poderia até perder a perna", afirma. A médica disse à mãe que o sangue não estava circulando em parte da perna da criança.
A mãe enfatiza que o caso de seu filho não foi de reação alérgica, ao contrário do que lhe foi dito, mas uma lesão vascular decorrente da aplicação incorreta do antibiótico na UPA. “Aqui no hospital de Saracuruna me disseram que lá na UPA atingiram uma artéria ou veia do meu filho", diz. O medicamento usado em Luiz Miguel só pode ser aplicado dentro do músculo.
O menino ficou 25 dias no Centro de Terapia Intensiva. "Durante a cirurgia que fizeram nele, foi retirada pele necrosada, que estava com mal cheiro, para que o sangue pudesse circular. Um milagre ele ter sobrevivido”, conclui a mãe.
Risco de amputação
A criança terá que passar por duas novas cirurgias. “Ele vai precisar de enxerto na batata da perna, na nádega direita e na coxa porque perdeu tecido muscular na operação", afirma a mãe. O outro procedimento será feito para verificar a mobilidade dos dedos - dois deles estariam necrosados. "Espero que não sejam amputados. Já escutei neste hospital que uma perna e dois dedinhos não são nada, mas como eu vou explicar isso para meu filho, que tem só 4 anos?"
CASO 2 (Outubro/2012): Palmerina Pires Ribeiro, 80, morreu em uma unidade de saúde de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, após receber café com leite na veia, segundo familiares. De acordo com a família, uma estagiária do Posto de Atendimento Médico (PAM) da cidade aplicou o alimento na sonda que levava medicamento para a veia da paciente.
A estagiária Rejane Telles, 23, afirmou, em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo, que "qualquer um se confunde". "Me passou pela cabeça chamar [a supervisora]. Sendo que a outra menina que estava do meu lado, falou que sabia e que ia me ensinar. Ela pegou, falou para mim e para outra estagiária que estava do meu lado para ir fazendo os procedimentos. Mas não deu explicação nem de que e nem como. Continuou sentada no posto de enfermagem, brincando no celular", disse Rejane, na entrevista.
CASO 3 (Outubro/2011): Enfermeira ministrou nitrato de prata concentrada a 50% nos olhos de um menino recém-nascido, no Hospital do Servidor Municipal, em São Paulo. O procedimento é rotina em recém-nascidos, para evitar infecção por sífilis gonocócica, mas a concentração correta de nitrato de prata é de apenas 1%. Nitrato de prata a 50% é receitado para queimar verrugas. Os técnicos em farmácia que forneceram o medicamento também estão sendo investigados.
Um médico do setor de obstetrícia constatou que havia algo de errado com o recém-nascido, que estava com os olhos muito escuros. Em seguida, ele foi transferido
para o Hospital São Paulo, onde passou por cirurgia. De acordo com a assessoria do hospital, o estado de saúde do bebê é bom e não há previsão de alta. A criança recebe curativos constantemente nos olhos, ele corre o risco de ficar cego.
“O erro principal é que a enfermeira não checou a aplicação do remédio. É uma regra básica da enfermagem isso: verificar qual o remédio, a via correta pela qual ele é ministrado, a quantidade correta. Ela fez o pedido de nitrato de prata, mas os técnicos de farmácia não indagaram qual a concentração do remédio. Os três cometeram erros grosseiros”.
A enfermeira confirmou que realizou todo o procedimento, mas tentou em seu depoimento argumentar que foi induzida a erro por uma médica e uma auxiliar de enfermagem. A médica, segundo ela, a impediu de retirar o excesso de nitrato de prata do olho da criança. E a auxiliar de enfermagem foi quem deixou o remédio do lado de fora da geladeira, obrigando assim a enfermeira a fazer a requisição do produto, de acordo com a enfermeira. Devido ao excesso, o nitrato de prata escorreu e provocou lesões no rosto, no braço e no tórax da criança.





RESOLUÇÕES COFEN (27/02/2013 - 04/03/2013 - 06/03/2013)


Resolução COFEN Nº 427/2012
Normatiza os procedimentos da enfermagem no emprego de contenção mecânica de pacientes.
Caso 1
Paciente com 29 anos de idade do sexo masculino chegou a unidade de saúde, demostrando ter ingerido bebidas alcóolicas, as quais o deixou agressivo e com movimentos perigosos para os demais do recinto. A enfermeira de plantão fez no mesmo uma contenção mecânica, e não fez o monitoramento do procedimento deixando o paciente contido por quase dez horas.
Diante do exposto do artigo 2º, diz que a contenção mecânica do paciente será empregada quando for o único meio disponível para prevenir danos imediato ou eminente ao paciente ou aos demais. No artigo 4º diz que todo paciente em contenção mecânica deve ser monitorado pela equipe de enfermagem.
No §1º diz que é para verificar os níveis de consciência, dados vitais e condições de pele e circulação nos locais e membros contidos a cada uma hora.


Caso 2
Resolução do COFEN nº 390/2011
Normaliza a execução pelo enfermeiro da punção arterial tanto para fins de gasometria como para monitorização de pressão arterial invasiva.
Paciente em coma do sexo feminino, de 72 anos de idade, foi submetida a um exame de gasometria para medir o ph e as pressões parciais de O2 e CO2 em seu sangue e o procedimento foi realizado por uma técnica de enfermagem de plantão e a acompanhante da paciente, sua filha relata que o procedimento causou edema no lugar da punção.
Segundo o artigo 11,inciso I, diz que que o enfermeiro deve exercer todas as atividades ,cabendo-lhe ,privativamente , a execução de cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas.
 

Caso 3
Resolução do COFEN nº429/2012
Dispõe sobre o registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos próprios da enfermagem.
Paciente do sexo masculino, hospitalizado a 40 dias, vem a óbito por infecção pulmonar, e em seu prontuário percebe-se que não há nenhum registro de anormalidade que caracterize esse quadro clínico. Caracterizando falta de acompanhamento da equipe de enfermagem ao determinado paciente.
Considerando o prontuário do paciente e outros documentos próprios da enfermagem, independente do meio de suporte – tradicional (papel) ou eletrônico como uma fonte de informações clinicas e administrativas para a tomada de decisão,e um meio de comunicação compartilhado entre os profissionais da equipe de saúde.

Caso 4
Resolução do COFEN nº 422/2012
Normatiza a atuação dos profissionais de Enfermagem nos cuidados ortopédicos e procedimentos de imobilização ortopédica.
Uma criança de 2 anos de idade foi levada por sua mãe a uma UPA para retirar o gesso de seu braço que havia sido fraturado após uma queda da escada, chegando lá foi atendida por uma Técnica de Enfermagem que fez o procedimento de retirada do gesso e sem querer cortou o dedo da mão da mesma.
Considerando a deliberação do Plenário do Cofen em sua 412ª Reunião Ordinária e tudo o mais que consta nos autos dos PAD Cofen nº571/2010 e nº 314/2011;
Resolve:
Artigo 1º a assistência de enfermagem em Ortopedia e os procedimentos relativos à imobilização ortopédica poderão ser executadas por profissionais de enfermagem devidamente capacitados.

Caso 5
Resoluçao do COFEN nº381/2011
Normatiza a execução, pelo Enfermeiro, da coleta de material para colpocitologia oncótica pelo método de Papanicolau.
Paciente foi realizar exame preventivo em determinada clínica e foi atendido por uma Técnica de Enfermagem, onde a mesma se mostrou insensível causando uma lesão externa na colocação do espectro vaginal.
Considerando a coleta de material para colpocitologia oncótica pelo método de Papanicolau, como um procedimento complexo, que demanda competência técnica e científica em sua execução;
Sendo de atribuição do Enfermeiro exercer todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe, privativamente, a execução de cuidados de enfermagem de maior complexidade.

Visita ao COREN
Este dia a aula foi em campo, visitamos o COREN-Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco. E conhecemos sobre suas atividades e funções. Tivemos uma pequena palestra no auditório. Presentes o Sr Luciano que é assessor político e faz parte da diretoria, e a Docente Márcia Linhares. Também a vice diretora falou um pouco sobre o que lhe compete.
Em seguida nossa turma juntamente com o Luciano visitamos o prédio anexo , e conversamos com os funcionários das respectivas funções. Ex: onde é confeccionada a carteira do Enfermeiro, de onde vem o selo que é Federal validando a mesma.; A sala onde fazem os registros de ocorrências para que o Coren vá e fiscalize o órgão em desacordo com a Legislação vigente e autue. 

LEGISLAÇÃO (25/02/2013)


Legislação é um conjunto de leis de determinada matéria, e para o enfermeiro é importante saber as leis que regem o seu exercício profissional. O exercício da Enfermagem só pode ser feito por profissionais enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiros que estejam inscrito no COREN da determinada região onde for praticar o exercício da Enfermagem.
                As resoluções são atos administrativos normativos internos. E em 2007 uma Resolução do COFEN aprovou uma reformulação no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e que o profissional da área deve conhecer o conteúdo deste, requerendo-o no local onde trabalha.
                Outra Resolução de 1999 foi sobre a padronização do juramento, pedra, cor e símbolos a serem usados na solenidade da formatura ou representativa da profissão.
Anel do Enfermeiro, com seus símbolos: A lâmpada e a cobra cruz. Já o anel do Técnico de Enfermagem e do Auxiliar é composto pela lâmpada e a seringa.



E o Juramento do Enfermeiro é este abaixo:
“SOLENEMENTE, NA PRESENÇA DE DEUS E DESTA ASSEMBLÉIA, JURO:
DEDICAR MINHA VIDA PROFISSIONAL A SERVIÇO DA HUMANIDADE, RESPEITANDO A DIGNIDADE E OS DIREITOS DA PESSOA HUMANA, EXERCENDO A ENFERMAGEM COM CONSCIÊNCIA E FIDELIDADE; GUARDAR OS SEGREDOS QUE ME FOREM CONFIADOS; RESPEITAR O SER HUMANO DESDE A CONCEPÇÃO ATÉ DEPOIS DA MORTE; NÃO PRATICAR ATOS QUE COLOQUEM EM RISCO A INTEGRIDADE FÍSICA OU PSÍQUICA DO SER HUMANO; ATUAR JUNTO À EQUIPE DE SAÚDE PARA O ALCANCE DA MELHORIA DO NÍVEL DE VIDA DA POPULAÇÃO; MANTER ELEVADOS OS IDEAIS DE MINHA PROFISSÃO, OBEDECENDO OS PRECEITOS DA ÉTICA, DA LEGALIDADE E DA MORAL, HONRANDO SEU PRESTÍGIO E SUAS TRADIÇÕES".

O COFEN e o COREN são os órgãos disciplinadores do exercício da profissão de enfermeiro e das demais profissões que abranjam a prática da Enfermagem. Compete ao Conselho Federal aprovar o regimento interno e o dos Regionais, elaboração e alteração no Código de Deontologia de Enfermagem, promover campanhas e estudos para o aperfeiçoamento profissional, convocar e realizar eleições para sua diretoria, entre outras funções.
Ao Conselho Regional compete fazer as inscrições do Conselho e cancelamentos, disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, fazer executar as instruções e provimentos do COFEN, registro dos profissionais, expedir a carteira profissional, zelar pelo bom conceito da profissão, fixar o valor da anuidade, entre outras competências.
Aos infratores do Código de Deontologia de Enfermagem:
·         Advertência verbal: Em que de forma reservada adverte o infrator, anotando no prontuário do mesmo na presença de duas testemunhas.
·         Multa: Pagamento obrigatório de 1 ou até 10 vezes o valor da anuidade da categoria a qual pertence o infrator.
·         Censura: Repreensão e divulgação nas publicações oficiais do COREN e do COFEN e em jornais de grande circulação.
·         Suspensão: Proibição do exercício da Enfermagem por período não superior a 29 dias tendo divulgação nas publicações oficiais do COREN e do COFEN, em jornais de grande circulação, e comunicada aos órgãos empregadores.
·         Cassação: Perda do direito ao Exercício da Enfermagem sendo divulgação nas publicações oficiais do COREN e do COFEN e em jornais de grande circulação.
São Enfermeiros no Brasil os titulares dos diplomas conferidos por instituição de ensino nos termos da lei, ou titular de diploma ou certificado de obstetriz ou enfermeira obstétrica nos termos da lei, ou qualquer Enfermeiro, ou obstetriz e enfermeira obstétrica formada em alguma escola do exterior com o diploma revalidado no país. Técnico e auxiliar são os mesmos requisitos. As parteiras são profissionais da Enfermagem com especialização em enfermagem obstétrica.
Ao enfermeiro incumbe privativamente à direção do órgão de Enfermagem, planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de assistência de enfermagem, prestação de assistência à gestante e recém-nascido, participação nos programas e atividades de educação sanitária, programas de higiene e segurança do trabalho, entre muitas outras funções.
         Ao técnico de Enfermagem cabe assistir o enfermeiro, executar as atividades de assistência de enfermagem, excetuadas as privativas do Enfermeiro, integrar a equipe de saúde, entre outras funções. Ao auxiliar de Enfermagem cabe-lhe preparar o paciente para consultas, exames e tratamentos; observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, ao nível de sua qualificação; executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras atividades de enfermagem como prestar cuidados de higiene, integrar a equipe de saúde, participar de atividade de educação em saúde, participar do procedimento pós-morte, entre outras incumbências.