Apesar
das perseguições que sofria a religião cristã, houve considerável crescimento
do fervor religioso. Com isso, muitos cristãos passaram a dedicar sua vida à
prática da caridade, o que deu origem a inúmeras congregações religiosas, que
atraíram homens e mulheres vocacionados para cuidar de pobres e doentes em
busca da salvação eterna. Essas congregações construíram diversos hospitais
para prestar assistência, sempre nas vizinhanças de igrejas e
mosteiros. Um grande número desses cristãos acabou nos altares da Igreja:
foram reconhecidos como santos pela abnegação e pelo desprendimento com que
cuidaram dos enfermos, pela prática da caridade, que Dolan definiu como
"amor a Deus em ação".
As
primeiras "damas da lâmpada" foram as visitadoras domiciliares,
verdadeiras precursoras da enfermagem de saúde pública, que surgiram no
primeiro século do cristianismo.
Dama
da Lâmpada cercada de doentes, as verdadeiras precursoras da enfermagem de
saúde pública.
Em
seguida veio a ordem das diaconisas que teria sido o primeiro grupo
organizado para visitar os doentes e cuidar deles, essas mulheres dedicavam
suas vidas a cuidar e dar hospitalidade aos necessitados. A igreja centralizava
as doações e transformava sua distribuição em ações de caridade. As diaconisas
levavam os suprimentos para os pobres e doentes, iniciando, assim, um trabalho
social, como verdadeiras precursoras de enfermagem de saúde pública. Os
cuidados prestados pelas diaconisas eram: banhar os doentes com febre, limpar
as feridas, fazer os curativos, dar água e comida, oferecer remédios
domésticos, como ervas e raízes e melhorar as condições de limpeza e ar puro do
ambiente.
Séculos
depois surgiram as matronas romanas, que abdicaram da vida social para
aderir à causa do cristianismo e ao cuidado aos pobres e doentes em seus
próprios palácios, que serviam de abrigos. Várias matronas ficaram conhecidas
como Santa Helena (250-350), mãe de Constantino, o Grande (imperador romano),
temos outras mais como Marcela, Fabíola e Paula que conheciam São Jerônimo
(tradutor da bíblia do hebraico e do grego para o latim). Estas mulheres não só
cuidavam dos doentes, mas também sabiam ouvi-los, consolá-los e ensina-los e
ainda envolviam-se com as famílias dos doentes. Marcela, influenciada por São
Jerônimo, transformou seu palácio em mosteiro para mulheres, Fabíola fez do seu
palácio um hospital cristão depois de um casamento infeliz, além de dar o seu
palácio e todo o seu dinheiro para os doentes, ela cuidava deles pessoalmente e
Paula era culta, conhecia o hebraico e ajudou São Jerônimo na tradução da
bíblia para o latim. Ela se converteu ao cristianismo por influência de Marcela
e ao ficar viúva decidiu fazer uma peregrinação à Terra Santa. Houve muitos
outros na Idade Média que merecem ser lembrados, dentre os quais podemos citar:
Santa Hildegarda (1908/1179), Santa Isabel de Hungria (1207/1231), Santa
Catarina de Siena(1347-1380), São João de Deus(1540-?), São Camilo de Lelis
(1550-1614), São Vicente de Paulo (1576-1660), Santa Luisa de Marilac
(1591-1660), as beguinas entre muitos outros. São Francisco de Assis
(1182-1226), por exemplo fundador da Ordem Franciscana, provocou uma verdadeira
renovação do espírito cristão ao dedicar-se aos pobres e humildes, em especial
aos leprosos, a quem considerava os mais desamparados pela sociedade
(MOLINA).
A Cruz Vermelha também teve grande importância, especialmente nos diversos
períodos de guerra enfrentados pela humanidade. Foi uma instituição criada por
Henri Dunant.
Henri
Dunant, fundador da Cruz Vermelha, cuja atuação não se restringe a um país, uma
empresa ou a uma organização. Os profissionais envolvidos com a Cruz Vermelha
valorizam a vida, sem discriminação ou preconceito. Na esfera social, por
exemplo, a entidade cuida do tratamento de doentes crônicos, dando assistência
médica e preventiva, se encarregam de cuidados com idosos, deficientes,
independente da cor, raça ou classe social.
Me ajudou muito para estudar para prova. Obg Glória
ResponderExcluir