domingo, 21 de abril de 2013

OS PRECURSORES DA ENFERMAGEM MODERNA (19/12/2012)


Apesar das perseguições que sofria a religião cristã, houve considerável crescimento do fervor religioso. Com isso, muitos cristãos passaram a dedicar sua vida à prática da caridade, o que deu origem a inúmeras congregações religiosas, que atraíram homens e mulheres vocacionados para cuidar de pobres e doentes em busca da salvação eterna. Essas congregações construíram diversos hospitais para prestar assistência, sempre nas vizinhanças de igrejas e mosteiros. Um grande número desses cristãos acabou nos altares da Igreja: foram reconhecidos como santos pela abnegação e pelo desprendimento com que cuidaram dos enfermos, pela prática da caridade, que Dolan definiu como "amor a Deus em ação".

As primeiras "damas da lâmpada" foram as visitadoras domiciliares, verdadeiras precursoras da enfermagem de saúde pública, que surgiram no primeiro século do cristianismo. 
Dama da Lâmpada cercada de doentes, as verdadeiras precursoras da enfermagem de saúde pública.

Em seguida veio a ordem das diaconisas que teria sido o primeiro grupo organizado para visitar os doentes e cuidar deles, essas mulheres dedicavam suas vidas a cuidar e dar hospitalidade aos necessitados. A igreja centralizava as doações e transformava sua distribuição em ações de caridade. As diaconisas levavam os suprimentos para os pobres e doentes, iniciando, assim, um trabalho social, como verdadeiras precursoras de enfermagem de saúde pública. Os cuidados prestados pelas diaconisas eram: banhar os doentes com febre, limpar as feridas, fazer os curativos, dar água e comida, oferecer remédios domésticos, como ervas e raízes e melhorar as condições de limpeza e ar puro do ambiente. 

Séculos depois surgiram as matronas romanas, que abdicaram da vida social para aderir à causa do cristianismo e ao cuidado aos pobres e doentes em seus próprios palácios, que serviam de abrigos. Várias matronas ficaram conhecidas como Santa Helena (250-350), mãe de Constantino, o Grande (imperador romano), temos outras mais como Marcela, Fabíola e Paula que conheciam São Jerônimo (tradutor da bíblia do hebraico e do grego para o latim). Estas mulheres não só cuidavam dos doentes, mas também sabiam ouvi-los, consolá-los e ensina-los e ainda envolviam-se com as famílias dos doentes. Marcela, influenciada por São Jerônimo, transformou seu palácio em mosteiro para mulheres, Fabíola fez do seu palácio um hospital cristão depois de um casamento infeliz, além de dar o seu palácio e todo o seu dinheiro para os doentes, ela cuidava deles pessoalmente e Paula era culta, conhecia o hebraico e ajudou São Jerônimo na tradução da bíblia para o latim. Ela se converteu ao cristianismo por influência de Marcela e ao ficar viúva decidiu fazer uma peregrinação à Terra Santa. Houve muitos outros na Idade Média que merecem ser lembrados, dentre os quais podemos citar: Santa Hildegarda (1908/1179), Santa Isabel de Hungria (1207/1231), Santa Catarina de Siena(1347-1380), São João de Deus(1540-?), São Camilo de Lelis (1550-1614), São Vicente de Paulo (1576-1660), Santa Luisa de Marilac (1591-1660), as beguinas entre muitos outros. São Francisco de Assis (1182-1226), por exemplo fundador da Ordem Franciscana, provocou uma verdadeira renovação do espírito cristão ao dedicar-se aos pobres e humildes, em especial aos leprosos, a quem considerava os mais desamparados pela sociedade (MOLINA). 

           A Cruz Vermelha também teve grande importância, especialmente nos diversos períodos de guerra enfrentados pela humanidade. Foi uma instituição criada por Henri Dunant.
Henri Dunant, fundador da Cruz Vermelha, cuja atuação não se restringe a um país, uma empresa ou a uma organização. Os profissionais envolvidos com a Cruz Vermelha valorizam a vida, sem discriminação ou preconceito. Na esfera social, por exemplo, a entidade cuida do tratamento de doentes crônicos, dando assistência médica e preventiva, se encarregam de cuidados com idosos, deficientes, independente da cor, raça ou classe social.




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