O trabalho foi um instrumento para
subjugar animais e forçar os escravos a trabalharem para aumentar a produção.
Por volta do século XII essa palavra entrou no latim, e tinha o significado de
tormento, agonia, sofrimento.
O homem, como ser social, vê no
trabalho dignidade, meio de vida, realização profissional, respeito, tudo que
realiza na vida, crescimento como ser humano e vê uma maneira de lucrar com sua
força de trabalho seu salário.
A Constituição Brasileira trata a
saúde como medida política do Estado, competindo ao SUS executar as ações de
saúde do trabalhador, através da Lei 8080/90 Artigo 6º.
Existem algumas políticas
setoriais que enfocam a produção e distribuição de bens (oriundos da
transformação da natureza) , e prestação de serviços, como agricultura e
movimento agrário, comércio e indústria , desenvolvimento, ciência e
tecnologia, relações de trabalho e também atendem aos agravos gerados à saúde
do trabalhador. São estes: Saúde, Previdência Social, Meio ambiente e Justiça.
A história do trabalho é tão antiga
quanto à do homem, em muitos momentos elas e confundem, mas por incrível que
pareça nem sempre trabalho foi sinônimo de tortura como a etimologia da palavra
demonstra. Segundo o dicionário Hoauiss, o termo deriva do latim, tripalium,
instrumento de tortura, derivando do adjetivo tripális, que significa
sustentado por três estacas. O termo tripaliare, influenciou vários idiomas,
entre eles o português trabalhar, o francês travailler, o espanhol trabajar e o
italiano traballare. Mas quando exatamente o trabalho deixou de ser algo
simples e encantador para se tornar sinônimo de sacrifício? E para onde está
indo essa atividade que ocupa mais de um terço de nossas vidas? Para entender
um pouco o começo dessa história citamos um prestigiado consultor de empresas,
o Professor Ricardo Mallet que em seu artigo Realize-se e Realize Mais
demonstra: É mesmo difícil de imaginar, mas já houve um tempo em que não
precisávamos trabalhar para viver. Naquela época, nossa comida era banana e
nossa casa um galho. E vivíamos felizes! Tudo o que necessitávamos estava ali,
ao alcance das nossas mãos. Vida simples, pouco stress. Passávamos o
tempo comendo, brincando, namorando e descansando. Um verdadeiro paraíso.
Daí a Mãe Natureza
nos "deu um gelo" e tivemos que abandonar o nosso jardim do Éden à
procura de alimento e abrigo. Jogados ao mundo, inexperientes e indefesos,
enfrentamos não apenas a fome, mas também alguns predadores famintos. A
situação apertou muito para o nosso lado até percebermos que tínhamos um
diferencial competitivo: mãos! Graças a elas, conseguimos criar alguns
artifícios capazes de garantir a nossa sobrevivência. Foi o início da Era
"gente que faz", pois para ter alimento e proteção, precisávamos
fazer alguma coisa. A fórmula era, simplesmente, fazer = ter. E nós realmente
fizemos. Plantamos, industrializamos, informatizamos e globalizamos. De uma
espécie em risco de extinção com menos de dois milhões de seres, crescemos para
mais de seis bilhões sobre a face da Terra.
É mesmo difícil de
imaginar, mas já houve um tempo em que não precisávamos trabalhar para viver.
Naquela época, nossa comida era banana e nossa casa um galho. E vivíamos
felizes! Tudo o que necessitávamos estava ali, ao alcance das nossas mãos. Vida
simples, pouco stress. Passávamos o tempo comendo, brincando, namorando
e descansando. Um verdadeiro paraíso.
Daí a Mãe Natureza nos "deu um
gelo”, que foi a era glacial há cerca de 150 mil anos e que secou nosso habitat
natural, que eram a árvores, caímos num mundo novo e totalmente desconhecido, o
chão. Nas árvores sabíamos nos virar e sobreviver, na terra não conseguíamos
ser mais velozes que um rato ou uma galinha, não tínhamos olfato apurado e nem
uma boa visão noturna para fugir dos predadores. O trabalho desse período era
manter-se vivo. Preservar a espécie era o melhor que poderíamos fazer, o homem
trabalhava apenas para ele mesmo. Precisamos de alguns milhares de anos de
alimentação de insetos para nos darmos conta de que com as mãos, poderíamos
agarrar um pedaço de pau e caçar bichos maiores e mais saborosos. Nesse momento
o homem deixa de lado a coleta para passar à caça. Caçar exige muito mais
esforço, planejamento e dedicação. O homem caçador tornou-se, desde aquela
época, escravo de seu trabalho. Somente quando trabalhava bem conseguia
alimentar-se e dar de comer à sua prole. O trabalho passou a ser uma obrigação
que deveria ser feita todos os dias, afinal não sabíamos se a caça daria certo
naquele dia ou não. Ao contrário dessa era, no tempo em que vivíamos nas
árvores o labor era algo que se fazia apenas quando necessário.
Há mais de 12 mil anos, surgiu a
agricultura, baseada em duas observações:
1. Nota-se que ao colocar alguns grãos na terra, esses seriam
semeados, cresceriam e dariam origem a muitos outros na planta que nascia. Isso
permitiu que nossa maior riqueza na época, o alimento, se multiplicasse.
2. Constata-se que em alguns períodos era mais difícil caçar.
Concluímos por tanto, que se colhêssemos sementes conseguiríamos armazenar o
alimento por muito mais tempo o que nos manteria vivos em épocas de “vacas
magras”.
A agricultura possibilitou ao homem se
estabelecer em uma região, não precisando mais correr atrás da presa e se
deslocar por territórios desabitados. Com mais tempo de permanência em um mesmo
lugar, o homem conseguiu gerar mais riquezas e melhorou consequentemente seu
padrão de vida. No entanto, acabaram por desnaturalizar o ambiente, desmataram
a vegetação nativa para implantar a monocultura de poucas plantas. Sempre em
busca de maior quantidade com menor variedade. Posteriormente, para garantir
qualidade, iniciaram a utilização de pesticidas e outros elementos químicos,
causando um grande impacto no solo, na água, na fauna e na flora das regiões
exploradas.
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Até esse momento da
história o trabalho tinha um único propósito: sobrevivência. Caso ele nos proporcionasse subsistência
estava cumprido seu papel. Surge timidamente o comércio que se inicia pelo
processo de troca direta. Na verdade o ser humano sempre usou o câmbio de
produtos quando tinha uma necessidade imediata. Com o passar do tempo, o
comércio se organizou e se consolidou. Concentrava-se principalmente em cidades
que eram pontos de passagem de peregrinações religiosas. Ele foi a primeira
manifestação institucionalizada de vontades mais elaboradas. Há cerca de 3000
anos, o homem começou a não se contentar apenas em alimentar-se ele desejava
sabores diferentes e sensações inéditas. Surgem nessa época os artesões que
inseriram na sociedade a troca do trabalho pela autoestima ou pela utilidade de
seus produtos. Os seus afazeres eram realizados em oficinas construídas nas
casas dos próprios artesãos, utilizando poucas ferramentas, energia humana,
animal e hidráulica, para criar um produto único e não padronizado. Um artesão
conseguia realizar todo o trabalho sozinho, às vezes se aliava a um grupo para
dividir as etapas do processo da produção. Esse processo se chamava manufatura,
pois não havia o uso de máquinas. Com cada vez mais produção, as trocas
começaram a ficar mais elaboradas, gerando a necessidade de criar uma moeda.
Esse é outro momento muito marcante na história do labor. Até então, nenhum
trabalho tinha um valor determinado, era algo subjetivo, todas as realizações valiam
o preço da subsistência ou da necessidade de outros. A partir da moeda, o
trabalho começou a ter diferentes valores. Iniciou-se também a especialização,
por mais rude que ainda pudesse ser.
A industrialização começou a aparecer
no chamado ¨século das luzes”, o XVIII, e essa revolução surge de uma mistura
de cientificismo, racionalismo, ironia e auto-ironia. Vivíamos um momento de
progressos em quase todos os campos científicos - na física, na filosofia, na
biologia - e nas artes principalmente na música, período em que estiveram vivos
ao mesmo tempo Mozart, Beethoven, Haydn e Bach acabara de falecer. O desejo de
todos era ganhar mais autonomia através do trabalho que gerasse riquezas.
Podemos afirmar que essa Era, que se inicia timidamente na segunda metade do
século XVIII, chega ao ápice por volta de 1850 e começa a desaparecer um século
depois (1950), pode realmente ser chamada de um período revolucionário. Segundo
o Professor Domenico De Masi, estudioso do trabalho, o que define a mudança de
um paradigma histórico é a junção de três inovações diferentes. São elas:
1. Novas fontes de energia - Em 1880, Thomas Edison descobre a
luz elétrica. A locomotiva foi inventada um pouco antes em 1804,
potencializando a distribuição de tudo o que era produzido.
2. Novas divisões de trabalho - A produção foi toda estudada e
deliberada para que houvesse otimização de resultados. Trabalhos diferentes
surgiram e os antigos foram remodelados em sua maioria.
3. Novas divisões de poder - O setor produtivo, isto é os burgueses,
ganharam espaço por todo o mundo, gerando cada vez mais riqueza para não perder
seus postos.
A Era Industrial atinge seu cume por
volta de 1850, época em que a Inglaterra começa a produzir e exportar em grande
quantidade diversos tipos de tecidos. Somente nessa década é que as pessoas
começaram a se dar conta que toda a sociedade havia mudado, não existiam apenas
indústrias nascia a Era Industrial. Para melhorar a fabricação utilizou-se o
cientificismo, que se consolidava em contra posição a força da Igreja que
imperava absoluta até aquele período.
Os cientistas pretendiam, na época, explicar
todos os fenômenos da natureza. Aplicavam-se à produção esses conhecimentos
através de máquinas a vapor, engenharia e pessoas controlando o trabalho de
outras. O principal expoente desse movimento de modernização da produção foi o
americano Frederick W. Taylor (1856-1915), considerado o pai da
"Administração Científica". O que ele desejava era reduzir ao máximo
o desperdício, ampliando os lucros e possibilitando à empresa com mais
resultados o pagamento de maiores salários. Taylor foi muito mal interpretado
pelos seus contemporâneos, seu intuito não era que as pessoas ficassem muitas
horas dentro das fábricas como a história sempre quis demonstrar, mas fazer com
que o aumento da eficácia reduzisse o tempo de trabalho. Isto possibilitaria às
pessoas ter mais tempo para o ócio. Ele planejou todos os processos da produção
para maximizá-la, o que foi chamado posteriormente de taylorismo
Apesar da boa vontade deste cientista,
o que acabou acontecendo foi o que descreveu Villarmé em 1840, em seu tratado
sobre o estado físico e psíquico dos operários das fábricas de algodão. Segundo
o autor, naqueles tempos os escravos das Antilhas trabalhavam 9 horas por dia,
os condenados ao trabalho forçado nas instituições penais, 10, e os operários
de algumas indústrias de manufaturas trabalhavam 16 horas por dia. Operários
daquela mesma França que com sua Revolução tinham proclamado os direitos do
homem. Outra figura importante e precursora no movimento de industrialização
foi o empresário europeu Thonet que assim foi descrito por Domenico De Masi em
seu livro O ócio criativo “estamos na
metade do século XIX e o industrial descobre que na capital austríaca, além do
príncipe encontra-se um imenso mercado em potencial. Trata-se de gente que
ainda não tem dinheiro em demasia, que não possui ainda uma cultura própria, e
por isso imita os aristocratas. Ele cria um estilo sob medida para a burguesia
emergente. São móveis, pouco caros, práticos, facilmente montáveis e vendáveis
a partir de um catálogo. Thonet, em síntese, inventa um marketing e um modo de
produção em série. Ele tinha uma relação com mais de 14 mil móveis para serem
escolhidos pela clientela”`.
A sociedade industrial é exatamente isto. Um processo de enriquecimento que surge a partir da premissa, que ainda é atual, e que reza: “Há quantos posso servir?”.
Próximo momento dentro dessa Era que foi muito marcante é o que os estudiosos chamam de fordismo. Idealizado pelo empresário estadunidense Henry Ford (1863-1947), fundador da Ford Motor Company, o fordismo se caracteriza por ser um método de produção em série, um aperfeiçoamento do taylorismo. Baseado na premissa da riqueza este visionário fez com que, através da sua famosa linha de montagem criada em 1920, o carro que era um artigo de luxo para poucos se tornasse acessível a muitos. Ele produziu só na década de 20 mais de 2 milhões de veículos o que possibilitou a redução dos custos dos mesmos. O modelo de Ford chegou ao ápice nas décadas de 50 e 60, os chamados anos dourados do capitalismo. Sua decadência mostra o declínio de todo o movimento da Era Industrial.
A sociedade industrial é exatamente isto. Um processo de enriquecimento que surge a partir da premissa, que ainda é atual, e que reza: “Há quantos posso servir?”.
Próximo momento dentro dessa Era que foi muito marcante é o que os estudiosos chamam de fordismo. Idealizado pelo empresário estadunidense Henry Ford (1863-1947), fundador da Ford Motor Company, o fordismo se caracteriza por ser um método de produção em série, um aperfeiçoamento do taylorismo. Baseado na premissa da riqueza este visionário fez com que, através da sua famosa linha de montagem criada em 1920, o carro que era um artigo de luxo para poucos se tornasse acessível a muitos. Ele produziu só na década de 20 mais de 2 milhões de veículos o que possibilitou a redução dos custos dos mesmos. O modelo de Ford chegou ao ápice nas décadas de 50 e 60, os chamados anos dourados do capitalismo. Sua decadência mostra o declínio de todo o movimento da Era Industrial.
A passagem de uma Era importante para
outra não acontece do dia para a noite. A transição se dá a partir da sucessão
de uma série de fatos que vão modificando a sociedade. Para mostrar essa
mudança vamos analisar o crescimento e a queda dos operários, a classe
trabalhista que mais caracterizou a Era Industrial. Entender esse processo de
ascensão e queda dos operários é compreender a transição dessas duas eras, a
Industrial para a da Informação. A história nos mostrou que as verdadeiras e
perenes transformações não acontecem a partir de imposições violentas e
repentinas. Hitler, Stalin e Mao, três gênios do mal deixaram isso muito claro.
Mataram milhões de pessoas e nada criaram, só destruíram com suas tentativas de
revolução.
Foi a mudança do trabalho ao longo
desses últimos anos que produziu as maiores modificações na nossa sociedade.
Voltemos um pouco no tempo para entender o movimento social mais transformador
do século XX. Antes da I Guerra mundial os agricultores eram o maior grupo
isolado em todos os países, seguidos pelos empregados de serviços domésticos.
Só para se ter uma idéia da quantidade do segundo colocado, nos sensos
praticados no ocidente no início do século XX, uma pessoa que tivesse apenas
três desses serviçais em casa era classificada como classe média baixa. Como
esses dois grupos não possuíam capacidade de se organizar, eles fizeram pouco
alarde histórico e passaram quase despercebidos ao longo dos anos. Os
agricultores dessa época organizaram apenas duas revoltas realmente
expressivas, a rebelião de Taiping em meados do século XIX e a Guerra dos
Boxers, no seu final e as duas aconteceram na China. No resto do mundo pouco se
fez. Já os empregados domésticos nunca apareceram em uma passeata pública de
sua classe. Por esse motivo esses dois grupos foram desprezados por Karl Marx
em seu estudo O Capital. Contrariando o que este autor previu décadas antes, em
1900, eles não haviam se tornado maioria. Portanto, não conseguiriam subjugar
os capitalistas somente pelo número. A força desse grupo cresceu na medida em
que aumentava a sua organização. Eles foram a primeira classe na história que
podia se organizar, e mais importante que isso, permanecer unida por bastante
tempo.
Os operários de 1913 não possuíam
quase nenhum benefício, e 50 anos depois eram o maior grupo isolado de todos os
países desenvolvidos com vantagens trabalhistas, que iam desde a segurança no
emprego até assistência de saúde e educação. Os seus sindicatos se tornaram
forças políticas no mundo todo. Esse crescimento ocorreu a partir da migração
dos camponeses e funcionários domésticos para a indústria. De forma alguma isso
foi imposto. Eles viam na dedicação à essa nova ocupação mais vantagens do que
em seus antigos ofícios. O que comprova isso é que a mortalidade infantil caiu
drasticamente com o êxodo rural e com a consequente preocupação em manter as
pestes longe das cidades. Outro ponto que favoreceu o crescimento dos operários
foi o fato de que realmente eles viviam na miséria e eram explorados, mas
viviam melhor do que nas fazendas e casas de famílias onde eram ainda mais mal
tratados.
Os proletários também tinham um tempo
definitivo para trabalhar e o que restava era seu para fazer o que bem
entendesse. Isso não acontecia com os que trabalhavam no campo ou em casas
familiares, em que a toda hora poderiam ser solicitados. Para os agricultores e
empregados domésticos o trabalho na indústria era uma oportunidade - de fato a
primeira que lhes havia dado - para melhorar de vida sem precisar emigrar. Cada
geração via a anterior um pouco melhor. E isso estimulava ainda mais essa
migração. Durante o século XIX a produtividade dessa classe aumentou cerca de
4% ao ano, o que gerou praticamente todos os ganhos dessa época. Boa parte
desse resultado ficou nas mãos dos próprios trabalhadores, que multiplicaram
seu salário cerca de vinte e cinco vezes e reduziram quase que pela metade as
suas horas de trabalho. Portanto, havia razões de sobra para que a ascensão do
trabalhador industrial fosse pacífica e não violenta como previra Marx.
A queda dessa expressiva classe vem acontecendo rapidamente desde o final da II Guerra mundial. O trabalhador industrial tradicional tem sido substituído por um tipo de trabalhador. Este funcionário é uma pessoa que alia o trabalho manual com o teórico. São exemplos dessa classe: técnicos de raios-X, fisioterapeutas, anestesistas, técnicos de computador, etc. Esse é o grupo de trabalho que mais rapidamente cresce no mundo. No presente momento 75% da riqueza mundial é gerada por trabalhadores dessa natureza e em 1975 eles geravam apenas 25%.
Peter Drucker, renomado consultor de empresas e autor de dezenas de livros sobre o assunto, foi a primeira pessoa a chamar o momento que estamos vivendo de Era da Informação. Este livro demonstra que podemos determinar o início da Era da informação a partir da atitude dos soldados americanos que, após voltar da II Guerra Mundial , tinham como uma das principais exigências a suas colocações imediatas em alguma universidade. Hoje isso pode parecer óbvio, mas na época foi muito marcante visto que aqueles que voltaram da I Guerra aspiravam apenas por um emprego seguro. Neste momento, por volta de 1946, o conhecimento já estava sendo mais valorizado do que o trabalho simplesmente operacional.
O sociólogo Daniel Bell determina que a Era da Informação tem seu marco primordial uma década depois, em 1956, quando o número de “colarinhos brancos” ultrapassou o de operários no seu país. Ao perceber isso ele advertiu: “Que poder operário que nada! A sociedade caminha em direção à predominância do setor de serviços”. Ou seja, o poder se direcionava àqueles que possuíam algum tipo de conhecimento que interessava a outros. Estamos em um momento de muitas transformações, não há como negar que estamos em outra Era. O trabalho atual se parece muito pouco com a forma mecânica adotada na Era Industrial.
A queda dessa expressiva classe vem acontecendo rapidamente desde o final da II Guerra mundial. O trabalhador industrial tradicional tem sido substituído por um tipo de trabalhador. Este funcionário é uma pessoa que alia o trabalho manual com o teórico. São exemplos dessa classe: técnicos de raios-X, fisioterapeutas, anestesistas, técnicos de computador, etc. Esse é o grupo de trabalho que mais rapidamente cresce no mundo. No presente momento 75% da riqueza mundial é gerada por trabalhadores dessa natureza e em 1975 eles geravam apenas 25%.
Peter Drucker, renomado consultor de empresas e autor de dezenas de livros sobre o assunto, foi a primeira pessoa a chamar o momento que estamos vivendo de Era da Informação. Este livro demonstra que podemos determinar o início da Era da informação a partir da atitude dos soldados americanos que, após voltar da II Guerra Mundial , tinham como uma das principais exigências a suas colocações imediatas em alguma universidade. Hoje isso pode parecer óbvio, mas na época foi muito marcante visto que aqueles que voltaram da I Guerra aspiravam apenas por um emprego seguro. Neste momento, por volta de 1946, o conhecimento já estava sendo mais valorizado do que o trabalho simplesmente operacional.
O sociólogo Daniel Bell determina que a Era da Informação tem seu marco primordial uma década depois, em 1956, quando o número de “colarinhos brancos” ultrapassou o de operários no seu país. Ao perceber isso ele advertiu: “Que poder operário que nada! A sociedade caminha em direção à predominância do setor de serviços”. Ou seja, o poder se direcionava àqueles que possuíam algum tipo de conhecimento que interessava a outros. Estamos em um momento de muitas transformações, não há como negar que estamos em outra Era. O trabalho atual se parece muito pouco com a forma mecânica adotada na Era Industrial.
Vivemos em um mundo extremamente dinâmico onde cada vez mais o conhecimento
será valorizado. Podemos prever que o acúmulo de informação, muito em breve,
terá o mesmo valor que tinha o acúmulo de patrimônio há pouco tempo atrás.
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