domingo, 21 de abril de 2013

SAÚDE PÚBLICA BRASIL COLONIAL (28/01/2013)


Aprendemos nessa aula a importância de compreender o contexto histórico para as relações entre as políticas adotadas pelo governo e entre os trabalhadores da saúde. A manutenção da saúde no passado estava relacionada com práticas religiosas e místicas, e o papel da mulher inicialmente como mãe foi fundamental no ato de cuidar.
                Em um período adâmico, o cuidar estava relacionado ao instinto, pois o cuidar era voltado basicamente para a busca da sobrevivência. Quando aconteciam situações que o ser humano não sabia explicar começou a introduzir explicações místicas, que fizeram surgir práticas mágico-sacerdotais baseadas em mitos, lendas e deuses; estes últimos eram os únicos que poderiam curar ou recomendar cuidados para a recuperação da saúde. Os sacerdotes se comunicavam com eles, e de acordo com a sociedade que faziam parte haviam uma cultura diferente. No Egito haviam curandeiros diferenciados para os pobre e ricos, porem ambs tinham habilidades e conhecimentos. Na Grécia a religião estava bastante relacionada com o Estado. Inicialmente em Roma não eram bem vistos aqueles que cuidavam da saúde (geralmente escravos gregos), porém com o tempo essa concepção foi transformada, e estes foram aceitos pela sociedade e acumularam riquezas.
               Os sacerdotes eram os interpretes dos deuses, e nos templos ocorriam os cuidados em saúde e os cuidados estavam relacionados à inserção social do indivíduo. Com o progresso da filosofia e da ciência começou a mudar a visão do homem, que passou a abandonar as explicações sobrenaturais para os fatos, e a prática da saúde irá se basear na experiência, observação, raciocínio e conhecimento da natureza, período conhecido como hipocrático, onde a observação cuidadosa do doente era a base do diagnostico e da terapêutica.
No fim da idade média e inicio da moderna a atenção médica dirige-se para o corpo e a enfermagem fica responsável por levar a disciplina ao ambiente hospitalar, inspirado na organização militar. Com o inicio da Revolução Industrial e as condições de vida ficaram precárias surgindo várias epidemias. A partir daí deu-se inicio a Enfermagem moderna, relacionada com organização e introdução de conceitos científicos na prática do cuidar.
Antes da colonização portuguesa no Brasil os habitantes do Brasil se encontravam no final do paleolítico e inicio do neolítico, e semelhante aos povos primitivos tinham uma concepção mágico religiosa das doenças. O Pajé era o curandeiro, e fazia uso de várias ervas nos rituais de cura.
Quando os portugueses chegaram no Brasil em 1500 e impuseram a catequização dos indígenas, tentaram suprimir a figura do pajé. Os padres jesuítas além de catequisar eram responsáveis por dar assistencia aos enfermos e eram ajudados por auxiliares (espécie de enfermeiro). Posteriormente o escravo era o auxiliar, e contribuiram para a produção de chás e emplastros.
O médico tinham que ser licenciados, possuindo diplomas em Salamanca e Coimbra e a terapeutica era baseada no aconselhamento quanto ao estilo de vida, alimentação e repouso e no controle das emoções. Diagnosticavam e prescreviam tratamentos como a sangria, porém os médicos não faziam trabalhos manuais que eram considerados inferiores.
Em 1543 foi criada a Santa Casa de Todos os Santos de Brás Cubas e a Santa Casa de Santos. A assisntencia hospitalar feita por essas instituições eram feitas por caridade, abrigavam doentes, cuidavam, mas pouco se podia fazer no tratamento curativo. Até 1782 a organização de assisntencia a saúde era rudimentar, a população pobre preferia se tratar com curandeiros, e a rica se tratava com médicos privados ou iam para a Europa. As Santas Casas ficaram um pouco de lado, pois não havia higiene e os pacientes era colocados na enfermaria independente da enfermidade que tinham. A capacidade de contaminação era altíssima, e portanto morte na certa.
Em 1782 a Rainha D. Maria I cria a junta proto-medicato que controlava o exercício profissional da medicina da profissão farmacêutica, e a partir daí houve o inicio da institucionalização da medicina.
Com a chegada da corte portuguesa ao Brasil em 1808 houveram mudanças na administração pública, e melhorias na saúde. Porém haviam ainda milhares de problemas nesse campo a serem combatidos.
Em 1832 surgiu um projeto da sociedade de medicina do Rio de Janeiro para a abertura de faculdades de medicina. Exerciam também ações fiscalizadoras chamadas de Polícias Sanitárias ou Médicas, que fiscalizavam a medicina e curandeirismo, tratando a saúde e a vida dos cidadãos como algo intervencionado pelo Estado.
Em 1850 houve a segunda epidemia de febre amarela e foi criada a Junta Central de Saúde Pública, neste mesmo ano houve o fim do trafico negreiro, que fez com que os imigrantes europeus viessem trabalhar nas lavouras de café. Nesse mesmo período chega ao Brasil o conceito de medicina tropical, que estudava doenças como a febre amarela, necessária de ser estudada pois estava afetando as relações comerciais brasileiras.
Terminou o período colonial e o Brasil era considerado um dos países mais insalubres, pois não conseguiram solucionar os problemas de saúde coletiva, e era evitado pelos navegantes. Apesar disso, Dom Pedro II foi lembrado como aquele que investiu em pesquisas cientificas e que foi elogiado pela imprensa estrangeira por ter doado grande quantia à França para pesquisas sobre os males tropicais.

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