Após a chefia de Vargas houve várias mudanças
políticas e administrativas na tentativa de centralizar o poder do Estado e
diminuir o controle das oligarquias. A partir daí intelectuais e militares
pressionam o governo para a criação de novos serviços na área de Saúde Pública,
e em 1931 foi criado o Ministério da Educação e da Saúde Pública. Os médicos
passaram a ser excluídos das decisões sanitárias, passando a decidir sobre esse
assunto políticos e burocratas sem nenhum conhecimento científico para tamanha
responsabilidade. Qualquer crítica contra essa postura era considerada
artimanhas comunistas. Vargas adotou parcialmente a Lei Elói Chaves, ponto de
partida da previdência social, essa lei fazia garantir assistência médica a uma
vasta parcela da população urbana, sem gastar recursos financeiros federais. A
assistência médica anterior era falha, apresentava serviços irregulares e dava
pouca cobertura aos doentes mais graves; fora que empregados sem carteira de
trabalho só poderiam ser atendidos em hospitais filantrópicos. Vargas foi
considerado “Pai dos Pobres” por que possibilitou a assistência médica à muitos
desamparados. Na Constituição de 1934 foi um marco nessa trajetória, pois dava
direito a assistência médica, licença remunerada a gestante trabalhadora,
jornada de trabalho de 8h e outros direitos consolidados nas leis trabalhistas
de 1943, sendo que em 1937 foi criado o Conselho Nacional de Saúde.
Com
o Estado Novo a saúde pública foi dividida em dois ramos: a saúde pública
preventiva (epidemiológica), conduzida por campanhas; e a assistência médica de
caráter curativo (clínica), conduzida pela previdência social . Logo em seguida
tentaram difundir as campanhas sobre higiene através de panfletos, porém
percebeu que pouco estava atingindo a população pobre, pois as taxas de
analfabetismo eram exorbitantes. A partir daí a solução foi usar os meios de
comunicação para difundir as campanhas. A partir daí surgiu a formação de
enfermeiras sanitárias, voltadas justamente com o propósito de visitar os
bairros e apresentar a população regras de higiene.
Em
1941 ocorreu a I Conferencia Nacional de Saúde no Rio de Janeiro Em 1942 houve
a Criação do Serviço Especial de Saúde Pública, que organizou campanhas,
principalmente no norte e nordeste, sobre educação sanitária e assistência
médica à pessoas carentes para evitar a disseminação de febre amarela, malária,
esquistossomose e mal de Chagas. E em 1945 Vargas foi deposto. Em 1948 foi
criado o primeiro Conselho de Saúde, e a saúde da população foi reconhecida
como função administrativa do governo. Em 1953 Getúlio assume novamente a
presidência e cria o Ministério da Saúde e institui o PEM, Projeto de
Erradicação da Malária.
Com
o fim da II Guerra Mundial a influencia americana na área da saúde aumentou,
havendo a construções de grandes hospitais, rede de postos de saúde,
consultórios e ambulatórios. As Conferencias Nacionais de Saúde, instituídas em
1937 pelo governo Getúlio Vargas continuaram acontecendo, inicialmente no Rio
de Janeiro, e depois em Brasília. Em 1986 ocorreu a I Conferencia Nacional de
Recursos Humanos para a Saúde.
O progresso da
filosofia e da ciência começou a mudar a visão do homem, que passou a abandonar
as explicações sobrenaturais para os fatos, e a prática da saúde irá se basear
na experiência, observação, raciocínio e conhecimento da natureza, período
conhecido como hipocrático, onde a observação cuidadosa do doente era a base do
diagnostico e da terapêutica.
No fim da idade
média e inicio da moderna a atenção médica dirige-se para o corpo e a
enfermagem fica responsável por levar a disciplina ao ambiente hospitalar,
inspirado na organização militar. Com o inicio da Revolução Industrial.
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