domingo, 21 de abril de 2013

ERA VARGAS (18/02/2013)


Após a chefia de Vargas houve várias mudanças políticas e administrativas na tentativa de centralizar o poder do Estado e diminuir o controle das oligarquias. A partir daí intelectuais e militares pressionam o governo para a criação de novos serviços na área de Saúde Pública, e em 1931 foi criado o Ministério da Educação e da Saúde Pública. Os médicos passaram a ser excluídos das decisões sanitárias, passando a decidir sobre esse assunto políticos e burocratas sem nenhum conhecimento científico para tamanha responsabilidade. Qualquer crítica contra essa postura era considerada artimanhas comunistas. Vargas adotou parcialmente a Lei Elói Chaves, ponto de partida da previdência social, essa lei fazia garantir assistência médica a uma vasta parcela da população urbana, sem gastar recursos financeiros federais. A assistência médica anterior era falha, apresentava serviços irregulares e dava pouca cobertura aos doentes mais graves; fora que empregados sem carteira de trabalho só poderiam ser atendidos em hospitais filantrópicos. Vargas foi considerado “Pai dos Pobres” por que possibilitou a assistência médica à muitos desamparados. Na Constituição de 1934 foi um marco nessa trajetória, pois dava direito a assistência médica, licença remunerada a gestante trabalhadora, jornada de trabalho de 8h e outros direitos consolidados nas leis trabalhistas de 1943, sendo que em 1937 foi criado o Conselho Nacional de Saúde.
                Com o Estado Novo a saúde pública foi dividida em dois ramos: a saúde pública preventiva (epidemiológica), conduzida por campanhas; e a assistência médica de caráter curativo (clínica), conduzida pela previdência social . Logo em seguida tentaram difundir as campanhas sobre higiene através de panfletos, porém percebeu que pouco estava atingindo a população pobre, pois as taxas de analfabetismo eram exorbitantes. A partir daí a solução foi usar os meios de comunicação para difundir as campanhas. A partir daí surgiu a formação de enfermeiras sanitárias, voltadas justamente com o propósito de visitar os bairros e apresentar a população regras de higiene.
                Em 1941 ocorreu a I Conferencia Nacional de Saúde no Rio de Janeiro Em 1942 houve a Criação do Serviço Especial de Saúde Pública, que organizou campanhas, principalmente no norte e nordeste, sobre educação sanitária e assistência médica à pessoas carentes para evitar a disseminação de febre amarela, malária, esquistossomose e mal de Chagas. E em 1945 Vargas foi deposto. Em 1948 foi criado o primeiro Conselho de Saúde, e a saúde da população foi reconhecida como função administrativa do governo. Em 1953 Getúlio assume novamente a presidência e cria o Ministério da Saúde e institui o PEM, Projeto de Erradicação da Malária.
                Com o fim da II Guerra Mundial a influencia americana na área da saúde aumentou, havendo a construções de grandes hospitais, rede de postos de saúde, consultórios e ambulatórios. As Conferencias Nacionais de Saúde, instituídas em 1937 pelo governo Getúlio Vargas continuaram acontecendo, inicialmente no Rio de Janeiro, e depois em Brasília. Em 1986 ocorreu a I Conferencia Nacional de Recursos Humanos para a Saúde.
O progresso da filosofia e da ciência começou a mudar a visão do homem, que passou a abandonar as explicações sobrenaturais para os fatos, e a prática da saúde irá se basear na experiência, observação, raciocínio e conhecimento da natureza, período conhecido como hipocrático, onde a observação cuidadosa do doente era a base do diagnostico e da terapêutica.
No fim da idade média e inicio da moderna a atenção médica dirige-se para o corpo e a enfermagem fica responsável por levar a disciplina ao ambiente hospitalar, inspirado na organização militar. Com o inicio da Revolução Industrial. 

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